Friedrich Guggenberger e o U-513


Friedrich Guggenberger nasceu em 06/03/1915, em Munique e faleceu em 13/05/1988, em Erlenbach, no Main, Alemanha.

Condecorações

Pela Alemanha:

- Cruz de ferro de 2. classe, 1940 (1 ponto);
- Cruz de ferro de 1. classe, 1940 (3 pontos);
- Badge (“Abzeichen”)¹ de Combate U-Boot, 1940;
- Cruz de Cavaleiro, 1941 ( 40 pontos);
- Cruz de Cavaleiro com Folhas de Carvalho, 1943 ( 60 pontos).

Pela Itália:

- Medalha de Bravura em Prata – 1942
- Medalha de Bravura em Bronze - 1943

HMS Ark Royal
Iniciou sua carreira nos submarinos em outubro de 1939 com o treinamento de praxe. Seu primeiro U-Boot² (U-Boot, em alemão e U-Boat, em inglês) foi o U-28, sob o comando do ganhador da Cruz de Cavaleiro, Günther Kuhnke. Durante o outono de 1940 Guggenberger assumiu o U-28 e o comandou alguns meses em uma flotilha de treinamento.

HMS Ark Royal depois do ataque
Em abril de 1941, assumiu o U-81. Após três patrulhas no atlântico em que afundou dois navios, e elevado ao posto de Kapitänleutnant (Kptlt.)³, levou o barco para o Mediterrâneo em novembro.

 Em 13 de novembro, logo após cruzar o estreito de Gibraltar, ele torpedeou o porta-aviões britânico HMS Ark Royal (22.600 tons), que afundou no dia seguinte. Após seis incursões no Mediterrâneo, Guggenberger deixou o barco no início de 1943 e por três meses foi membro do Gabinete do Almirante Dönitz.

Guggenberger (3.) condecorado por Hitler
Em maio de 1943 assumiu, aos 28 anos, o comando do U-513, um barco tipo IXC chamado de oceânico, pois tinha uma autonomia de 25.000  Km, o suficiente para cruzar o atlântico desde sua base na França até a costa  brasileira, realizar ataques e retornar.

Com 77 metros de comprimento, largura  de 6,75 metros e 1.232 toneladas, seu armamento era constituído de um canhão de  105mm que usava para afundar navios, um canhão antiaéreo de 37mm, outro de 20mm  e 22 torpedos de 533mm, que eram lançados de 4 tubos na proa e 2 na popa,  capazes de atingir alvos a 5.000 metros de distância. A velocidade era de 18,3  nós na superfície e 7,3 nós submerso, e sua tripulação de 54 homens.

U-Boot IX-C
Durante seu ataque à costa brasileira,  entre 21 de junho e 19 de julho de 1943 o U-513 fez as  seguintes vítimas:

- SS Venezia e SS Eagle (danificado, mas não afundou)  no litoral do Rio de Janeiro.
- SS Tutóia (próximo de São Vicente);
- SS  Elihu B. Washburne (próximo a São   Sebastião) no litoral de São Paulo.
-  SS Richard Caswell no litoral de Laguna, Santa Catarina.

O comando das  forças aliadas, sabendo da existência desse U-Boot em nossas águas e que seu  destino era atacar navios no extremo Sul do país, deslocou especialmente para a  base de Florianópolis uma Ala (parte de um esquadrão) de hidroaviões PBM-3D  Martin Mariner e o cruzador americano USS Barnegat para apoio e caça a esse  submarino.

No dia 19 de julho de 43, após interceptar uma transmissão de  rádio do submarino, que falava com o comando na França, ele foi localizado e  atacado pelo Martin Mariner prefixo 74P-5, do comandante Roy S. Whitcomb, que já  havia atacado e afundado outro U-Boat no nordeste. O submarino estava a 92 quilômetros a leste do litoral de Santa Catarina, na latitude: 27º 17' S.e longitude: 47º 32' W.

Esse avião, chamado  pela tripulação de 9 homens de Nickle Boat, desfechou o ataque  utilizando duas cargas de profundidade, que explodiram sobre o submarino e o  fizeram afundar rapidamente.

Da tripulação original do U-513, 47 homens  morreram e 7 foram resgatados no dia seguinte pelo cruzador USS Barnegat,  inclusive seu comandante, gravemente ferido, levado para os EUA como um troféu,  pois era um dos ases da marinha alemã.

Após uma operação e um longo tempo em um hospital, ele foi transferido para o campo de prisioneiros de guerra (POW) Papago Park, próximo a Phoenix, Arizona em janeiro de 1944. Este campo foi palco de uma das mais espetaculares fugas de prisioneiros nos EUA. Em 23 de dezembro de 1944, Guggenberger e outros 24 homens dos U-boot, incluindo os ganhadores da Cruz de Cavaleiro Kptlt. Hans Werner Kraus e Kptlt. August Maus, escaparam do campo. Guggenberger e o comandante do U-595, Kptlt. Jürgen Quaet-Faslem, foram recapturados em 6 de Janeiro de 1945 cerca de 4 milhas da fronteira mexicana.

Guggenberger foi libertado pelos aliados em agosto de 1946.

Após a guerra tornou-se arquiteto, antes de reengajar na marinha alemã, agora conhecida como Bundesmarine, em 1956.

Graduou-se no Colégio Naval de Guerra em Newport (EUA).

Em 31 de outubro de 1968 foi promovido a Konteradmiral (“Contra-Almirante” – duas estrelas - o terceiro maior posto na hierarquia da marinha alemã) e passou 4 anos como Delegado Chefe de Gabinete no Comando da OTAN AFNORTH.

Em outubro de 1972, ele se aposentou.

Em 13 de maio de 1988 saiu para dar um passeio pela floresta e nunca mais voltou.Seu corpo foi encontrado dois anos depois.

Foi encontrado o submarino U-513.
Família Schürmann encontra submarino alemão U-513.
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¹ Os “Abzeichen” não eram, via de regra, uma condecoração dada por bravura. Eles se prestavam para demonstrar as qualificações técnicas e/ou experiência em combate de um soldado.

² U-Boot (Unterseeboot – literalmente, em alemão, barco debaixo-de-água), o nome dos submarinos alemães: U- seguido de um número.

³Kapitänleutnant - equivalente ao posto de Capitão, o terceiro maior na hierarquia do oficialato.

Hans Langsdorff e o Admiral Graf Spee


A maior ponte da Alemanha liga a ilha de Rügen ao continente
Hans Wilhelm Langsdorff nasceu em 20 de março de 1894, em Bergen, na ilha de Rügen, no noroeste da Alemanha. Era filho primogênito de Ludwig Langsdorf, reconhecido advogado e de Elizabeth Steinmetz, de tradicional família de pastores luteranos.

Nasceu numa ilha, sob o signo de Peixes o que o torna uma pessoa sensível e intuitiva, com fortes traços de empatia e compaixão.

Em 1898, a família muda-se para Düsseldorf, onde serão vizinhos da família do conde e almirante Maximilian Von Spee com longa tradição na marinha de guerra.

O pai  faz carreira no judiciário e chega a ser juiz da mais alta corte local.  Ele,  influenciado pela família do Conde, contra a vontade dos pais que sonhavam com uma carreira jurídica ou religiosa para o filho, alista-se em 1912 na academia naval de Kiel.

Com apenas dois anos de curso, começa a Primeira Guerra Mundial e o cadete Langsdorff embarca, como artilheiro, no encouraçado Kurfurst.

Enquanto isto, atuando no oceano pacífico, uma frota da marinha de guerra alemã comandada por Von Spee, atacava com grande êxito os navios mercantes das nações aliadas. Mas depois da derrota alemã em Tsingtao e com a sua frota ameaçada por forças muito superiores do Reino Unido e do japão, Von Spee decide mudar as suas ações para a costa do Chile. No sul do Chile, na batalha de Coronel, afunda os encouraçados británicos Good Hope e o Monmouth em que perdem a vida o Contra-Almirante inglês Christopher Cradock e 1650 dos seus homens. Mas logo depois, em 8 de dezembro de 1914, na batalla das Malvinas, numa luta desigual para os alemães, os ingleses afundam o navio capitânea cruzador blindado Scharnhorst e os navios Gneisenau e Nürnberg em que morrem Von Spee e seus dois filhos Heinrich e Otto.

Von Spee torna-se uma lenda na marinha alemã e um herói nacional. A vitória de Coronel, contra a esquadra inglesa, foi um feito histórico, pois há mais de cem anos os ingleses não perdiam uma batalha naval.

Em 1915 Langsdorff é promovido a tenente, por merecimento. Em 1916, ganha sua primeira Cruz de Ferro depois de participar da sangrenta batalha de Jutlândia - Dinamarca (Skagerrakschlacht, em alemão)¹.

Em 1923, trabalhando nos escritórios da Armada de Dresden, conhece Ruth Hager, com quem se casa em março de 1924. O primeiro filho, Johen, nasce em 14 de dezembro. Em outubro de 1925, na turbulenta República da Weimer, com a Alemanha derrotada, empobrecida e trabalhando só para pagar as pesadas dívidas de guerra que lhe impuseram os vencedores, é transferido para os escritórios do Ministério da Defesa em Berlim. Seu cargo: coordenar as relações entre a Marinha e o Exército.

Em 1926 realiza cursos de estado-maior para a nova força naval. Em 1927 é designado comandante de uma flotilha de lanchas torpedeiras e em abril de 1930, é promovido a Capitão-de-Corveta. No outono de 1931 é chamado novamente a Berlim para trabalhar no Ministério da Defesa, comandado pelo general Schleicher. Mas em 1933, quando Hitler chega ao poder e a política se introduz em suas tarefas, Langsdorff se sente deslocado pelos fanáticos civis que começam a ocupar posições dos profissionais do mar. Em 1934 pede seu regresso ao serviço naval, mas é enviado ao Ministério do Interior.


Em 30 de junho de 1934, a condessa Huberta Von Spee, quebra a clássica garrafa de champanha na proa do novo navio de guerra, chamado mais tarde de Panzerschiff (encouraçado) Admiral (Almirante) Graf Spee, batizado assim em honra a seu pai e considerado uma obra prima da engenharia naval.

Em 1935 é promovido a Capitão-de-Fragata. Em 1936 a sua família sofre um duro golpe com a morte de seu filho Klauschen com apenas 7 anos de idade. Neste mesmo ano se realiza em Genebra a Conferência das Armadas em que se destaca o tema "Humanização da Guerra no Mar", doutrina que desperta seu interesse. Passa a prestar serviços no Estado Maior do Almirante Bohen, responsável pelo desenvolvimento dos prestigiados Panzerschiff.

Em 1936 e 1937, a bordo do Admiral Graf Spee, intervém na guerra civil espanhola e na operação Condor.

Em 1.º de janeiro de 1937, é promovido, por merecimento,  a KZS - Kapitän Zur See, equivalente ao posto de Capitão-de-mar-e-guerra. Neste mesmo ano o Admiral Graf Spee é designado navio símbolo da armada alemã e apresentado ao mundo pela famosa revista naval internacional Spithead, causando assombro e receio entre as potências aliadas que controlavam a construção de navios de guerra na Alemanha. Em outubro de 1938 é designado seu comandante, quando já há claros indícios de uma nova guerra na Europa.

A Batalha do Rio da Prata

Langsdorff recebe ordens para seguir com o Admiral Graf Spee para o atlântico sul. Zarpou do porto de Wilhelmshaven em 21 de agosto de 1939, 11 dias antes do início da segunda guerra mundial. O navio tanque Altmark lhe forneceria combustível e provisões em locais previamente determinados.

Durante as primeiras semanas de guerra, navega por mar aberto a leste da costa do Brasil. Em 20 de setembro, é autorizado a dar início à sua missão: atuar como um corsário no Atlântico Sul. Apoiado pelo Altmark, sua tarefa era afundar os navios mercantes britânicos sem entrar em combate com forças inimigas consideráveis, ameaçando assim as linhas de suprimento vital dos aliados. O Graf  Spee atua como um verdadeiro pirata: troca de nome, de bandeira, usa ao menos cinco tipos de camuflagem em diferentes oportunidades com chaminés falsas ou falsas estruturas, parecendo um navio civil ou um cruzador inglês. Nas dez semanas seguintes Langsdorff obtém resultados expressivos, afundando nove navios mercantes (50.000 toneladas), sem matar ninguém. Os tripulantes presos eram transferidos para o Altmark. Em 16 de fevereiro de 1940, 303 membros dessas tripulações de navios mercantes foram libertados em águas territoriais da Noruega, então neutra, pelo contratorpedeiro britânico HMS Cossack, fato que ficou conhecido como o incidente Altmark.

O Arado Ar no Graf Spee
Em dezembro Hans Langsdorff decide fazer uma última incursão para em seguida voltar à Alemanha para um programa de manutenção do encouraçado. No dia 7 afunda um outro cargueiro e segue para a região do Rio da Prata. No amanhecer do dia 13, frente às costas de Punta del Este, inesperadamente, encontra os Cruzadores Leves Ajax e Achilles e o Cruzador Pesado Exeter, sob o comando do almirante Henry Harwood. Os britânicos o estavam esperando.

A chegada foi inesperada porque o Graf Spee navegava com apenas um dos seus dois hidroaviões Arado Ar 196A-3 de reconhecimento, e este estava em manutenção. A surpresa e a não identificação imediata do poder do inimigo, levou o camandante Langsdorff a atacar, e, em sendo estes, navios de guerra, contrariava as instruções do alto comando alemão.

Depois de uma hora e meia de combate, o Exeter gravemente danificado abandona a luta. O Ajax e o Achilles também sofreram muitos danos. Saindo do alcance dos poderosos canhões de 280 mm do Graf Spee,  Harwood decidiu segui-lo.

No Graf Spee, além de outros danos, estavam destruídas as caldeiras de vapor necessário para operar o sistema de limpeza de combustível. Ferido, Langsdorff soube que tinha 16 horas de combustíveis limpos. Sem esperança de substituição ou reparos do sistema em alto mar e com pouca munição, decidiu ir até o porto de Montevidéu.

As baixas do Admiral Graf Spee foram 36 mortos e 60 feridos. Os ingleses tiveram 72 mortos e 28 feridos.

O Graf Spee, depois da batalha, no porto de Montevidéu
O governo uruguaio autorizou uma estadia de 72 horas - o normal seriam 24 - para a reparação do navio com os seus próprios meios.

Uma das primeiras ações Langsdorff, quando ele entrou Montevidéu foi libertar os 62 tripulantes dos navios mercantes que ele tinha afundado durante a sua ação mais recente.

Enquanto isso, os marinheiros mortos foram enterrados no cemitério da Montevidéu.

O Uruguai era neutro, mas simpático aos ingleses. A delegação diplomática britânica em Montevidéu realizou uma complexa e consistente trabalho de desinformação a respeito das forças navais britânicas que estariam na saída do estuário do Rio da Prata.

O Alto Comando Naval Alemão, liderado pelo Almirante Erich Raeder avaliou a situação à luz dos relatórios do capitão Hans Langsdorf e da sua inteligência. Hitler mandou uma mensagem de próprio punho, dizendo que se tentasse de todos os meios aumentar o tempo em águas neutras, afim de garantir a  liberdade de ação tanto quanto possível. Abrir um caminho através de Buenos Aires, usando a munição restante. Não permanecer no Uruguai.

Não havia como seguir para Buenos Aires pois o estuário do rio não tinha calado para o navio. Com base nas informações de Langsdoff, Raeder deu total liberdade para ele decidir o que fazer: procure a destruição total, se você for obrigado a afundar o seu navio. 


Em 17 de dezembro, pouco depois das 18 horas, apenas duas horas antes do termo do prazo acordado com o governo do Uruguai, o Admiral Graff Spee, moveu-se lentamente em direção ao mar aberto. Às 19h55min, um enorme pilar de fogo surgiu de repente do encouraçado. Após alguns momentos, ouviu-se uma forte explosão e depois outras. E, aos poucos, o Admiral Graf Spee, perante um grande público da cidade de Montevidéu e da imprensa internacional, afundou no meio de chamas e fumaça.
Dois rebocadores e uma série de pequenos barcos levaram a tripulação de mais de mil homens e o comandante Langsdorff para Buenos Aires..

Em 19 de dezembro, em Buenos Aires, Langsdorff reuniu e disse aos seus homens: 

A opinião pública certamente vai discutir por um longo tempo para saber se estávamos equivocados ou tínhamos razões para destruir o nosso navio. Talvez tivesse sido mais heróico oferecer novamente o combate ao inimigo e terminar na morte dos marinheiros.Teríamos feito isso sem murmurar uma palavra e com alegria. De minha parte, facilitarei a prova de que isso não aconteceu por falta de valor pessoal.

Seus comandados somente foram compreender as suas palavras no dia seguinte. No dia 20 de dezembro o capitão Hans Langsdorff foi encontrado morto  no Hotel dos Imigrantes em Buenos Aires. Estava envolto na  bandeira da marinha imperial alemã. Tinha-se suicidado com um tiro de pistola na cabeça. 

Havia escrito uma carta dirigida ao embaixador da Alemanha em Buenos Aires:

Excelência: 

Depois de ter lutado por muito tempo, tomei a grave decisão de afundar o encouraçado Admiral Graf Spee, para que não caísse nas mãos do inimigo.  Estou convencido de que, nestas circunstâncias, não me sobrava outra decisão a tomar depois de haver conduzido meu navio até a armadilha de Montevidéu. Na verdade, toda tentativa de abrir um caminho até alto mar estava estava condenada ao fracasso por causa das poucas munições que me sobraram.  Uma vez esgotadas essas munições, só em águas profundas poderia afundar o navio para impedir que o inimigo se apoderasse dele.  Antes de expor meu navio a cair parcial ou totalmente nas mãos do inimigo, depois de haver-se batido bravamente, decidi não combater, senão destruir seu material e afundá-lo... Desde o princípio aceitei afrontar as conseqüências da minha decisão. Para um comandante que tem um sentimento de honra, entende-se que o seu destino pessoal não pode ser separado do destino do seu navio... Já não poderei participar ativamente na luta que vive atualmente o meu país. Só posso provar com a minha morte que os marinheiros do Terceiro Reich  estão dispostos a sacrificar a sua vida pela honra de sua bandeira. A mi só corresponde a responsabilidade pelo afundamento do encoraçado Admiral Graf Spee. Estou feliz de pagar com a minha vida qualquer censura que se pudesse fazer contra a honra de nossa Marinha. Enfrento o meu destino conservando intata a minha fé  na causa e no futuro de minha pátria e do meu Führer.  

Dirijo esta carta a Vossa Excelência na calma da tarde, depois de ter refletido tranquilamente, para que você possa informar aos meus superiores e, se for necessário, desmentir os rumores públicos. 

 Kapitän Zur See Langsdorff Comandante do encouraçado Admiral Graf Spee.

O almirante Raeder, nos seus escritos pós-guerra, culpou Langsdorff por perder o seu navio, atacando três cruzadores e indo contra as regras gerais.

Langsdorff, por outo lado, parecia saber que se voltasse para a Alemanha, iria para a corte marcial e seria condenado à morte.

A imprensa americana e inglesa da época esforçaram-se para mostrar e continuam mostrando Langsdorff como um herói que não compartilhava dos ideais nazistas. Na mesma linha, Hollywood fez o filme A Batalha do Rio da Prata e o History Chanel um documentário.

Túmulo de Hans Langsdorf e a relação dos mortos na batalha - Cemitério de Buenos Aires
Observações:

1. Na relação dos heróis mortos consta Matthias Pütz, recruta marinheiro, com 17 anos de idade.
2. Na sepultura de Mattias Pütz no cemitério de Montevidéu (Uruguai) há uma pequena placa com os seguintes dizeres: Wer mutig für sein Vaterland gefallen, der baut sich selbst ein ewig Monument. (Numa tradução literal: Quem cai bravamente pelo seu país, constrói para si um monumento para sempre.)

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¹A batalha da Jutlândia foi um combate naval entre as esquadras britânica e alemã que teve lugar de 31 de Maio a 1 de Junho de 1916.
Ambas as formações navais custaram mais do que o Produto Interno Bruto das duas grandes potências, apesar de então quase não se falar em medidas econométricas. A Grand Fleet deslocava no total um pouco mais de um milhão de toneladas com 60 mil homens, enquanto a Hochseeflotte agrupava 600 mil toneladas de navios e 45 mil homens. Nunca na História da Humanidade, tantos homens e navios enfrentaram-se num combate.
Os resultados foram incertos devido às graves perdas sofridas por ambas as partes, mas do ponto de vista estratégico os Britânicos continuaram "donos" do mar. 
Batalha da Jutlândia - Wikipedia